terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

o mesmo lugar



O ar está pesado meu coração quase parado



Posso sentir os olhos
da mãe noite chorando por você viva nas sombras abrace a dor deite-se com a
solidão seja aquecida pelo sofrimento seja entorpecida pela poeira deixada em
suas lembranças e caída no sono invada os meus sonhos atormentados me permita
te sentir em cada detalhe



Só nos sonhos posso sentir alguma coisa só nos meus sonhos posso
fechas as portas da vida e por um breve tempo não sentir medo quando as ilusões
dos sonhos se desfazem e a insônia vem ficar comigo volto a ver as coisas como
elas são a lacuna em meu peito que faz escoar os gritos de arrependimentos



Logo você vai ver-me ouvir-me tocar-me porque a dor nos
trará para o mesmo lugar

28/02/2012



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lembras adormecidas



morrendo ao pouco na poeira sinto a adaga da vida me transpassar vejo
meu sangue banhar minhas lembras adormecidas que apodrecem com o tempo


Não ha mãos humanas capazes de me salvar, nem olhos que me vêem apenas a mãe noite
contempla as correntes da vida se soltando vagarosamente e a vitalidade se
esvaindo dos meus olhos negros minha alma sorri enquanto minha vida se vai,
pois ela é afagada pela salvação final a dama chamada morte

13/02/2012

Recordações



Assentei-me nas pedras olhando as ondas dançando sobre o mar
me recordo das batalhas da gloria que havia em meu nome gloria construída sobre
o sangue e dor daqueles que abati



Lembro-me de cada olhar se apagar perante mim de cada uma
das vidas que ceifei de cada corpo que deixei na areia tingida de vermelho



Vermelho que agora corre sob meu rosto na forma de lagrimas
eu que tantos derrotei e agora sou abatido por não ter mais nada se não
recordações não de batalhas ou de vitorias mais de um amor que se desfez com o
tempo assim como eu me desfaço como um herói feito de areia diante da força das
ondas

02/02/2012