segunda-feira, 27 de agosto de 2012

mal pressagio



Em minha vida você passou como uma praga arrasando meus sonhos

Ofertei há ti meu espirito e você como ave de rapina o despedaçou ofertei minha alma e com ela saciaste tua fome abominável ofertei meu sangue e com ele saciaste tua sede vampiresca dei para ti tudo de mim tu se satisfizeste abandonando o resto de mim como carne morta jogada as aves carniceiras

Cada ferida em mim gritava teu nome à solidão era como vermes que comem e crescem em um cadáver o meu choro parecia corroer meus olhos porque já não havia luz os céus são como um imenso véu negro

Sepultado neste pesadelo renasci como uma abominação e agora como um lobo fareja sua presa irei busca-la tu se lembrarás do meu espirito como o piar da coruja faz lembra a morte tu sentiras em teu ventre minha alma e sangue aflorarem como medo que rastejará dentro de ti estarei diante de ti com um silencio sepulcral serei como um mal pressagio anunciando arruína proclamando ajustiça a si mesmo assim voltarei a sua vida

09/06/2012


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